Erros cometidos: Vergonha ou Aprendizado?
Os seres humanos em suas inúmeras e complexas possibilidades são capazes de terem ações bem sucedidas, porém, por não serem perfeitos podem cometer erros e também fracassarem. Como vivenciar essas situações?
Usualmente, quando as pessoas são bem sucedidas, em algum investimento, têm o prazer e necessidade de comunicar o fato para todos. Hoje, com as redes sociais, isso fica bem mais fácil e rápido, afinal, o sucesso é para ser compartilhado, curtido e comentado. Por outro lado, o erro ou fracasso é algo íntimo. O gosto “amargo” deste momento deve ser degustado com poucas pessoas, de preferência, evitando confrontos. É frequente a sensação de incompetência e desânimo no primeiro momento.
Uma trajetória de sucesso não é linear, e muitas vezes, também não é fácil. É um caminhar cheio de imprevistos, tentativas, erros, sorrisos e lágrimas, mas, sobretudo, de perseverança por saber o que se quer e onde deseja chegar.
No cotidiano, quem nunca mandou um e-mail para a pessoa errada, comentou algo inconveniente ou cometeu um equívoco no trabalho? Atirem a primeira pedra!
Fato é que o erro, sendo avaliado, pode ser uma boa oportunidade na construção de aprendizados. Sair do lugar de coitado é necessário. Errar pode ser norteador para o amadurecimento e atitudes mais assertivas no futuro. A senha é: respire fundo, mantenha a calma e trace novas estratégias com cuidado, levando em conta a “lição” aprendida, afinal, nós não somos infalíveis.
É interessante observar que a forma de lidar com o engano varia conforme a cultura; nos Estados Unidos, por exemplo, os equívocos são mais toleráveis segundo Edsel Oliveira, pois não causam tantos estigmas, especialmente nos negócios.
Na Finlândia, os políticos em 2011 criaram o dia nacional da “falha”, ou seja, cidadãos e figuras públicas são convidados a compartilharem seus desacertos e deslizes.
Na Alemanha é consenso que os descuidos devem ser reconhecidos e corrigidos imediatamente, especialmente no meio corporativo.
Os asiáticos são mais severos, pois lidam com os equívocos e falências com mais dificuldades. As pessoas que cometem erros significativos são vistas quase com desprezo. Sentem-se envergonhadas.
Enfim, as imperfeições fazem parte de nossa trajetória e saber usá-las é imprescindível para o processo de crescimento. Parafraseando Steve Jobs, nós temos que agir e também correr o risco de fracassar e se tivermos medo do fracasso não iremos muito longe.
Lembrem-se! Independente do que acontecer, o mais importante é saber o que fazer com o acontecido. Pensem nisso e ressignifiquem suas falhas para prosseguirem apesar delas.