Você está estressado ou esgotado em sua profissão? Pode ser a Síndrome de Burnout.
Somos desafiados a escolher uma profissão e uma forma de exercê-la. Devemos buscar recursos internos e externos com a expectativa de realizar sonhos e metas. Alguns optam por trabalhos autônomos, no qual terão mais liberdade para decidirem e direcionarem suas ações. Outros buscam empregos e poderão assim usar suas habilidades atuando em organizações, etc.
Neste percurso, somos expostos a uma série de circunstâncias. Algumas muito satisfatórias, em sintonia com os próprios interesses. Outras situações podem ser desgastantes, e com o tempo, existe a possibilidade de evoluírem até desencadear a Síndrome de Burnout mais conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.
Neste momento, olhe para sua vida profissional e faça uma avaliação. Após um período de férias, feriado ou final de semana, quando você se lembra do compromisso de trabalhar no dia seguinte, o que você sente? Se for angústia, desânimo, mal estar físico, emocional e vontade de não comparecer é sinal que algo não vai bem ao exercer a profissão.
A insatisfação pode estar sendo gerada a partir de conflitos consigo mesmo ou devido a dificuldades no relacionamento interpessoal e ou estrutural. Parar um pouco e identificar o que de fato está acontecendo, é uma atitude corajosa e assertiva para conseguir estabelecer as mudanças necessárias. Essa doença provoca um estado de tensão emocional que pode tornar-se crônica, provocando muitos prejuízos.
O psicólogo Herbert Freudenberger, em sua pesquisa, descobriu que essa síndrome não tem relação com o número de horas trabalhadas e sim com as emoções envolvidas no exercício da função. A princípio, as pessoas com esgotamento, têm um desejo obsessivo de afirmação. Querem fazer de tudo para serem melhores que os outros e passam a ser negligentes com as próprias necessidades. Percebem-se menos motivadas para fazerem o que gostam, tendem a conviver menos com os outros e cuidam menos de si. Na “etapa” seguinte, passam a ignorar os conflitos, e consequentemente, a qualidade de vida piora, ou seja, trabalham no “automático” sem nenhum envolvimento, o que as levam para um vazio interior onde os sintomas depressivos começam a surgir. Sentem-se esgotadas tendo mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, pessimismo e baixa estima.
Alguns sintomas físicos podem ser associados, são eles: enxaqueca, pressão alta, insônia, asma, etc. Faz-se necessário buscar ajuda e cuidar dos sintomas emocionais que provavelmente estão gerando desconforto físico. O tratamento inclui psicoterapia, ou seja, um espaço propício para autorreflexão, medicamentos, exercícios físicos. As ações complementares como: homeopatia, terapia com florais e meditação também são de grande valia.
Se você está vivenciando essa síndrome, é provável que esteja refém de uma situação que o mantém paralisado e infeliz. Construa estratégias para promover mudanças necessárias.
“Em toda mente existe um gênio adormecido à espera de um toque delicado de um desejo interno para entrar em ação” (Napoleon Hill).
Parabéns Maria Alice, seu artigo descreve a realidade de muitos brasileiros. Um forte abraço.
Obrigada Renata pela participação. O texto aponta para uma questão que deve ser tratada com cuidado.