É interessante observar o quanto estamos vivendo, desde que o mundo é “mundo”, quase sempre em função dos valores atribuídos por terceiros. Muito embora tenhamos um discurso perfeito e convincente à respeito de nossos próprios valores e crenças, ao primeiro sinal de rejeição sobre nós, o nosso discurso vira uma grande balela.
Na maioria das vezes sentimos necessidade de sermos aceitos e para isso modificamos tudo em nós e ao nosso redor afim de estarmos “incluídos”. Se estamos em nosso local de trabalho a palavra é produtividade, se estamos na igreja a palavra é espiritualidade, se estamos no clube a palavra é simpatia, se estamos na escola a palavra é resultado.
Mas, e quando ao contrário do que se espera, ficamos improdutivos ou mais “carnais” ou menos simpáticos ou por fim não damos os resultados que esperam de nós?
Como nos sentimos?
Cá entre nós, dificilmente nos sentimos realmente adequados com comportamentos tão pouco aceitos em uma sociedade tão escravizante. Vivemos sob a forte mão das muitas ditaduras sociais durante toda nossa existência corremos o risco de passar toda a vida sem nos darmos conta desse fato e desavisadamente continuaremos a responder de acordo com a escravidão social que nos determinaram.
Freud dizia que “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.” Mas a grande questão é o quanto podemos ou não mudar essa concepção.
Somos livres em nossas imperfeições, podemos abraçar nossas imperfeições, sabendo conscientemente que elas (as imperfeições) não resumem meu eu, não falam do que sou, apenas contam algo que aconteceu comigo. Na inquietante estrada do coaching tenho tido o privilégio de trabalhar junto aos meus coachee’s o valor das falhas, imperfeições e derrotas, e posso afirmar que são muito mais valorosos, para forjar aspectos importantes da inteligência emocional, do que inúmeros prêmios, troféus ou medalhas… Pois antes de recebemos qualquer título ou congratulação simbólica somos apenas humanos…
Feliz humanidade!
