Conhecemos a expressão “bolha” aplicada aos mercados financeiro e imobiliário. Na definição, bolha é quando um determinado ativo alcança um valor muito acima de seu valor intrínseco, sem qualquer sustentação. Por simples procura maior que a oferta, o valor aumenta. Quando a procura diminui, aquele ativo pode sofrer um desabamento, como um castelo de cartas.
Da mesma forma, podemos enxergar o mesmo efeito no mercado profissional, quando um indivíduo passa a exibir competências e conhecimentos que não encontram profundidade ou amparo na experiência. O mercado, por ignorar meios de verificação, supervaloriza o profissional e permite que a bolha infle. Isto pode acontecer por modismos e modinhas que fazem uma determinada especialidade ser procurado no mercado.
Algumas vezes, o próprio profissional acredita em sua competência por também não possuir parâmetros de comparação dentro de sua especialidade. Muitas vezes, um profissional se declara detentor de avançados conhecimentos de um determinado sistema de informática ou possuidor de fluência avançada em inglês. Quando testado ou verificados os seus conhecimentos, percebe-se que suas competências se equivalem à de um aprendiz.
Encontramos estes profissionais bolha em campos variados: na medicina, na arquitetura, no empreendedorismo, em consultorias, no coaching, psicologia, treinamentos, gastronomia etc.
Este efeito pode ser observado quando a casca deste profissional é perfeita. Seu visual está alinhado às expectativas do mercado, as firulas e os comportamentos são parecidos com o que se espera de alguém daquele ramo de atividade. Parece que basta que se utilizem alguns jargões, termos e expressões neste idioma profissional e, voi la, autoridade instantânea. Em suma, idiotas com vocabulário.